Passo noites cá ouvindo Vanessa da Mata.
Sua voz, seu indefectível sorriso e sua imaculada emoção me traduzem paz, amplitude, esperança e uma dantesca vontade de cantar. Cantar igual a ela impossível, mas cantar aos ventos, dançar ao relento, sentir o momento, isso sim é possível...
Ao ouvi-la, tenho a nítida sensação de flutuar, de me perder num longínquo mar, de me expor.
Sinto meus átomos dançarem, sinto toda a minha energia surgir, repartir.
Me sinto fugaz.
Me sinto audaz.
Me sinto um ás...
É possível sentir também um "não-sei-o-quê" de acontecimentos internos, de confusões de paródias gostosas mentais abruptas e ininterruptas, num simples traço vocal.
Sim, eu vejo.
Sim, eu sinto.
Sim, eu ouço.
Vanessa, meu verde.
Vanessa, minha Mata!

Na vida temos projetos, caminhos, rumos, decisões a serem tomadas, vidas modificadas...
Um vai-e-vem frenético de imagens, medos, dúvidas (e dívidas) que se instalam num piscar de olhos em nossas mentes. Pronto. A baderna interna já recomeçou. O que devemos fazer? Para onde devemos ir?
Concretizar uma etapa na vida como o término de uma faculdade é gratificante, mas ao mesmo tempo, confuso. E agora? É uma pergunta que nós nos fazemos a cada instante, a cada dia.
Devo? Não devo? Posso? Não posso? Consigo? Não consigo? Vou? Fico?
Sempre achei que quando este projeto teminasse, parte dos meus problemas estariam solucionados, mas, ledo engano. Estou me sentindo desorientado, sem prumo. É estranho discernir sobre isto, pois sempre me encontrei dentro de uma coesão de atitudes, de idéias e de achar que eu era seguro e equilibrado em grande parte das minhas decisões, sejam quaisquer que fossem tomadas ou quaisquer direções que eu viesse a tomar.
Bem-vindo à selva, dirão alguns.
Depois passa, dirão outros. Mas realmente devo acreditar que, a partir de agora, participo de uma grande parcela de vencedores universitários, afinal, finalizar um projeto, independente do tamanho que seja, é sempre engrandecedor e enriquecedor ao espírito humano.

Luz no coração de todos..